Cetrans

cetrans@cetrans.com.br          www.cetrans.com.br          www.cetrans.ning.com


Hamsa – Ganso selvagem – espírito supremo

Ganso selvagem
Longa é a Rota do Minuit ao Midi
Milhares de arcos são estendidos no seu trajeto
Através da fumaça e da bruma
Quantos de nós chegarão a Hen-Yang?
Lu- Kuei dinastia Tang (618 −907)

 

 SUMÁRIO CETRANS INTER@TIVO - links 

CETRANS HOJE
Transdisciplinaridade?
ESPÍRITO TD
O Sagrado nas formas Geométricas
ACONTECIMENTOS
Nacionais e Internacionais
PALAVRA DO LEITOR UNIDADES DE AÇÃO
Comunicação
Comunidade
Gestão
Formação
Publicação
AGENDA EVENTOS ABERTOS
Outubro | novembro | Dezembro
PONTO DE INTERESSE
O Lúdico
EVENTOS PARA MEMBROS
Assembléia Geral Anual
Confraternização

 

 CETRANS HOJE 

Transdisciplinaridade?

Atualmente há uma grande confusão do que se pode nomear Transdisciplinaridade − TD. O nome se popularizou, sugere que quem o usa legitima uma modernidade no seu fazer. A ausência de distinção da TD com as flechas do conhecimento multi – pluri − interdisciplinar é grande, e sem ela, não faz sentido usar este nome, pois sua função deixa de se cumprir. TD preenche uma lacuna que não cabe às outras formas de conhecimento aqui citadas tratar.

Não há uma definição unívoca de TD. Um grande risco da TD hoje é de fazê-la uma teoria, uma ideologia, uma política, uma doutrina, um modelo, uma metodologia, uma técnica, um projeto de sociedade. A TD é uma realidade que escapa a uma definição reducionista. No VII Encontro de Membros do CETRANS 2015, na fala pronunciada aos participantes durante o encerramento das atividades, foi dito ao se tratar do LOCUS da TD que «mesmo que refletida em questões físico-sócio-psico-culturais, sua origem é ontológica, isto é, diz respeito à essência e a ela reverencia».

A TD não é um conceito. Ela é uma realidade existencial, por isso o interesse por ela suscitado é eminente. Se, por vezes, a TD é irredutível, outras vezes ela é incomunicável. Isso porque há uma narrativa subliminar a todas as ações TD, narrativa esta que cria uma cadeia simbólica, testemunhada apenas pela vida vivida, pela ação feita, pela aproximação da percepção de Si Mesmo e do Si Mesmo/Outro(s) e desta realização.

Há muitas vias de TD. Contudo, seu exercício não se faz sem a noção de Níveis de Realidade, que trata do Real e da multidimensionalidade da realidade, sem considerar a noção de níveis de percepção, e de ir além da lógica do Sim/Não, de forma a incluir a emergência do novo a partir da contradição e de abordar a questão do Sagrado, enquanto espiritualidade laica.

O arcabouço estrutural da TD inclui a contradição, o sofrimento, a angústia, a emergência do novo a partir da tensão dos opostos, a inclusão da dimensão mítico-simbólica, a arte, como expressão do inefável, a hierarquia, desde que flexível. Não se faz TD se considerarmos o racional sobre o simbólico, o individual sobre o coletivo. A TD se faz com maior qualidade quando é clarificada, respeitada a relevância do magnífico, necessário e louvável exercício competente da disciplinaridade, da multi, da pluri e do discurso científico.

A TD escapa a qualquer receita. Contudo, existem n referenciais cognitivos, n instrumentos heurísticos, n experiências vividas que a legitimam e podem inspirar a criação de condições favoráveis onde o conhecimento que jamais pode ser ensinado, possa emergir com toda sua força e forma integradoras e transformadoras. Vale lembrar que estas condições devem ser sempre contextualizadas e exercidas com «rigor, abertura e tolerância», características inerentes à atitude TD, como citado na Carta da TD/1994. Não existe um lugar, uma forma, uma via de se fazer TD, mas muitas, o importante é conhecer seus aspectos fundantes, ser sensível à realidade que se apresenta como única e, ao mesmo tempo, aberto a integrá-la, a uma realidade maior da qual ela é apenas uma ínfima parte, dentro da dinâmica do vivente.

Por isso, TD é sempre muito abstrata e concreta, visível e invisível, individual e coletiva, singular e plural, potência e atualização. Não se trata de escolher entre estes pares de opostos, mas, em vivendo e compreendendo esta tensão, conseguir ver a emergência de novas possibilidades sendo geradas. A TD não repousa sobre expectativas. Ela é por natureza prospectiva e daí decorre a noção de responsabilidade, aqui entendida em uma das suas acepções etimológicas de «responder às demandas».

Para a TD não existem critérios universais que nos permitem a tudo julgar. Dizia Raimon Panikkar [1918−2010] «relativizar radicalmente, sem relativismo», a «relatividade radical» mesmo no «estando junto». TD carrega em seu bojo questões filosóficas, antropológicas, ontológicas, e ao mesmo tempo como diz Robert Vachon: «apenas podemos contemplar o totum através de um quadro determinado pela nossa própria janela e através dela». Se dissermos que TD é uma cultura poderíamos dizer que ela trata e exprime uma realidade do humano por conceitos e símbolos que jamais podem ser universáveis, mesmo que sejam universais. O que conta na TD não é a autonomia, mas a auto-ontonomia.

 

 PALAVRA DO LEITOR 

A partir desta edição, o CETRANS inaugura a nova seção Palavra do Leitor, que contém comentários de membros e de amigos sobre as publicações CETRANS INTER@TIVO. Sua expressão será sempre bem-vinda; ela certamente fará com que este seja um espaço vivo de troca transdisciplinar!

Mariana Thieriot-Loisel: O Boletim Flutuante - Objeto Transicional
O Objeto transdisciplinar flutua; ele consegue escapar ao naufrágio que sempre leva para o fundo das águas as narrativas ideológicas, parciais, fechadas, amargas, agressivas ou indecorosas. Aquele texto que defende uma parte contra todas as outras partes, sem levar em conta o fato que queremos a mesma felicidade, a mesma justiça, com outras palavras. Por isto, o valor do texto transdisciplinar, que flutua na correnteza, sem ser engolido pelo o oceano, boletim aberto, é de poder como a ilha, emergir novo, a cada mês, reunindo fatos e histórias sobreviventes.

Silvana Cappanari: Obrigada e sucesso nesse novo espaço!!! Sugiro “fortemente” que a equipe coordenadora dessa gestão, reflita sobre a continuidade do uso de siglas como UA e agora CI@. Espero que daqui para a frente passemos a usar nomes por extenso e não a abreviações pois siglas e abreviações convidam só pessoas da “patota” e não supõem um convite à ampliação de um grupo, uma troca mais ampla e um conhecimento entre pessoas de mundos diferentes. Espero ter contribuído com minha pequena experiência pessoal e profissional. De qualquer forma, obrigada pelo lindo e intenso trabalho de vocês gestores, pelo convite e pela oportunidade!!!

Teresa Cristina Bongiovanni: Pelas minhas circunstâncias pessoais na ocasião do VII Encontro de Membros do CETRANS, não pude participar, mas gostei imensamente do tema abordado e lendo esta mensagem enviada senti grande ressonância com a proposta. Agradeço poder ter lido esta mensagem final e sei que qualquer olhar que não presenciou o encontro se torna reduzido diante desta proposta vivenciada por vocês. Mas quero partilhar da clareza que se fez em mim, coligar-me com essa perspectiva ontológica TD proposta; talvez seja esta a minha compreensão possível neste momento. Sinto que seja uma demanda considerável - que as pessoas busquem compreender que todas as suas reflexões, iniciativas, atitudes e realizações nos demais níveis (questões físico-sócio-psico-culturais) compõem um todo indissociável com a dimensão ontológica. E precisamos aprender a não perder de vista esta composição que nos permite ressignificar sentidos e até atribuí-los quando parecem não existir, no cotidiano prosaico que está nos envolvendo. Sou grata pela abordagem proposta, pois ela valida minhas recentes experiências existenciais naquilo que elas ofereceram de melhor! Grande abraço a todos.

 

 ACONTECIMENTOS 

Cléo Busatto, membro CETRANS, tem um novo livro: A Fofa do Terceiro Andar, publicado pela Editora: Record/Galera Record. O livro reflete sobre a alma adolescente, contando a história de Ana, que sofre bullying por ser gordinha até aprender a lidar consigo mesma.

Seu lançamento em São Paulo aconteceu na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, dia 30/06. Assista o vídeo em que Cléo Busatto lê um trecho do livro: https://goo.gl/KkFQQ9


Aconteceu de 24 a 27 de junho, no Campus Vila Clementino da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, o II International Meeting on Mindfulness, conjuntamente com o II Encontro Internacional sobre Mindfulness e o III Encontro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde, sob a presidência do Dr. Marcelo Piva Demarzo, docente e pesquisador da UNIFESP e membro do CETRANS, em parceria com a Universidade de Zaragoza na pessoa do Dr. Javier García-Campayo, também vice-presidente do evento.

O Encontro contou com a presença de estudantes, de pessoas interessadas no assunto, de religiosos e com a preciosa colaboração de personalidades, nacionais e internacionais, que, em suas pesquisas, comprovam cientificamente a eficácia da Prática do Mindfulness na prevenção de doenças e na promoção da saúde Dentre eles: Ausiàs Cebolla Martí, Dom Alexandre de Andrade OSB, Elisa H. Kozasa, Fernando de Torrijos, Gary Hennessey, Iradj Roberto Egharari, Jair Moggi, Joaquim Soler, Katie Witkiewitz, Ken O´Donnell, Lama Rinchen Khyenrab, Marcelo Cardoso, Nelson Filice de Barros, Rosa Maria Baños, Wilson Nobre Filho e Vera Saldanha, entre outros. O próximo Meeting será realizado em Zaragoza, Espanha, em 2016. Mais detalhes podem ser obtidos no site oficial do evento: https://goo.gl/GtcQh8

O CEAG – Centro de Educação Ambiental de Guarulhos — que está completando 20 anos de existência, liderado por Monica Simons, membro do CETRANS, no mês de junho realizou, em parceria com o INSTITUTO SUPERECO, uma oficina sobre Planejamento Estratégico durante o Seminário Nacional de Políticas Públicas: Floresta, Água e Clima, realizado em Bonito, MS.

Durante o evento foi lançado o livro Floresta, Água e Clima: Rede de Boas Práticas nos Biomas Brasileiros, organizado por Eliane Beê Boldrini, Liliane Lacerda e Murilo Fernandes Cassilha, uma iniciativa da Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento - Ademadan de Antonina, PR, em parceria com o Instituto das Águas da Serra de Bodoquena - IASB de Mato Grosso do Sul.

O projeto Tecendo as Águas no qual o CEAG, também é parceiro, fez parte desta edição que recomendamos como leitura de referência para conhecer e aprender com exemplos de sucesso. Este projeto foi apresentado por Andrée de Ridder Vieira, fundadora e Coordenadora Geral do Instituto, relatando toda a riqueza de ações do projeto, que foi implantado no Bioma Mata Atlântica no litoral norte de São Paulo, principalmente em Caraguatatuba e São Sebastião, com foco nas bacias hidrográficas dos rios Juqueriqueré e São Francisco.

 

 UM PONTO DE INTERESSE 

O LÚDICO

O sagrado flui em todas as culturas e se faz representado em todos os Níveis de Realidade. Desde a mais remota antiguidade, uma das formas de expressão do sagrado se dava através de atividades lúdicas. Os jogos tradicionais sagrados, cerimoniais ou não, jogados em recintos fechados ou ao ar livre tinham várias funções, dentre elas:

  • Oferecer uma atividade prazerosa e mobilizadora;
  • Engajar o corpo na atividade;
  • Exaurir e/ou silenciar o corpo;
  • Mostrar um espelho da vida do jogador;
  • Apresentar um retorno sistemático de uma confrontação individual ou coletiva;
  • Espelhar a vida, seu percurso, percalços, ajudas e realizações;
  • Aproximar o jogador de altos níveis de realidade;
  • Esclarecer o jogador sobre os mistérios do percurso iniciático;
  • Ser um suporte à meditação;
  • Vencer o Mal;
  • Mostrar a regeneração;
  • Reverenciar o Sagrado.

Uma atividade lúdica sagrada funciona como um mediador entre o mundo sensível e o intangível. Um jogo esotérico de enorme importância é o «Jardim do Ganso». Jardins são referências frequentes de alta significação simbólica. Um jardim pode ser, assim, um símbolo metafísico ou místico. Altos conhecimentos infusos pela inteligência e pela alma podem ser representados por um jardim. O Ganso é o símbolo do pássaro que todos os anos retorna à Atlântida, o mundo Hiperbóreo, o mundo da luz, das origens. O Ganso representa a migração de um nível de realidade a outro, a passagem por várias etapas até chegar à casa 63, número formado pelo número 6 − o fim da encarnação na terra, e o número 3 − a trindade superior transcendental unificadora. O número 63 é o número do sábio.

No Jardim do Ganso, o jogador, ao percorrer o caminho, recebe as forças que precisa para superar a escuridão e chegar às glorias de todo o mundo. Neste percurso, reflexo da vida encarnada, há forças facilitadoras, evolutivas. Contudo, há também forças dificultosas, involutivas que sempre subjazem ao caminho. O objetivo do jogador é alcançar a liberação, inclusive a cármica, é descobrir que a divindade comporta duas polaridades, as involutivas e as evolutivas. Ao chegar ao número 63, sete ciclos evolutivos de nove etapas se cumprem e o jogador se torna «homem realizado» no plano do corpo, da alma e do espírito, assim ele se sacraliza, é coroado e liberado. A palavra Ganso, em francês OIE tem a mesma raiz das palavras orelha, escutar, o que remete à ideia de compreender, de compreensão. O jogo o Jardim do Ganso é uma via de Conhecimento, de Iniciação.

Há inúmeros jogos sagrados. O jogo tem início e em um tempo acordado acaba. Há em todos eles, a experimentação do tempo presente e do espaço presente, sempre específicos e sagrados e, também, a emergência de uma energia específica reflexiva. Joga-se até que se chegue a um certo fim, seja esgotado pelas horas decorridas, pelo desfecho que celebra o jogador; pelo extermínio do opoente ou pelo fim da jornada. Diz Johan Huizinga que «enquanto ele [o jogo] decorre, tudo nele é movimento, mudança, alternância, sucessão, associação, separação ... Mesmo depois de o jogo ter chegado ao fim, ele permanece como uma criação nova do espirito, um tesouro a ser conservado pela memória. ... ele pode ser repetido a qualquer momento».

No jogo, o jogador sai de sua condição comum e pode acessar realidades transcendentais, no jogo um momento meditativo, no jogo um processo iniciático.

 

 UNIDADES DE AÇÃO - UAs 

UA Comunicação

A UA Comunicação tem procurado, na elaboração de suas mensagens, considerar e honrar princípios caros à TD, como por exemplo clareza de expressão, o Belo e a Poética. É com grande alegria que essa nossa intenção tem sido percebida e valorizada por membros CETRANS, convidados e pessoas interessadas em Transdisciplinaridade que fazem parte de nosso cadastro.

Mostramos aqui dois exemplos pelos quais recebemos muitos elogios nesta estação: o convite para o jogo «Jardim do Ganso» e o cartão de celebração dos aniversários dos membros CETRANS do mês de setembro.

Anexamos também a bela poesia Pouso Suave que versa sobre o origami e os tsurus.

 

Pouso suave
                                    B.Monserrat
Um papel branco
dobra
desdobra
e dobra novamente.

O [tsuru] voa
voa sob cordas
e pousa suavemente
O vento bate
suas asas intactas de puras dobradiças
[movem-se]

É uma arte?
ou uma imaginação?
Uma criança
ou um homem?

o vento bate de novo
lhe criando vida;
As imaginações somem
e a realidade vem

O céu azul e borboletas a voar
a água cristalina e o pouso suave
e a velha história do patinho feio;
do cisne que renasceu...

renasceu sobre um papel branco
onde dobra
desdobra
e dobra novamente ....

 

UA Comunidade

Com muita alegria esta Unidade de Ação acolhe, a partir deste mês, mais dois membros, que sem dúvida, irão contribuir em muito, para o crescimento de nossa Comunidade.

Um deles é Júlio Trevisam Braga, mestrando em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Bacharel e Licenciado em História pela mesma instituição. Professor de História. Pesquisador em História Social, Movimentos Sociais e Redes Sociais, Direitos Humanos, Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade, com experiência didática em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), em especial plataforma MOODLE, como ferramenta para Ensino a Distância (EAD). É membro associado da Associação Nacional de História, seção São Paulo − ANPUH-SP; da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia − SBTHH e do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito − CONPEDI.

Logo após a sessão lúdica "O Jogo do Ganso", outra pessoa se filiou ao CETRANS: foi Pá Falcão – um Ser Brincante no Planeta Terra. Formada em Computação pelo ITA, com Pós-Graduação em Jogos Cooperativos pela UNIMONTE, conferencista Internacional, consultora empresarial e educacional desenvolvendo jogos, cursos, palestras, programas de treinamento, avaliação de potencial, sempre aplicando técnicas de enfoque sistêmico no desenvolvimento de pessoas e organizações. Game Designer, com vários jogos desenvolvidos e prêmios internacionais. Professora Titular dos cursos de Pós-graduação em Pedagogia da Cooperação e de Jogos Cooperativos da UNIBR (Santos), docente da Pós-graduação em Educação Lúdica do ISEVEC (São Paulo), dos MBA em Finanças, Recursos Humanos, Marketing e Gestão de Negócios do CESUMAR (Maringá) e do Mestrado em Docência do Ensino Superior da FEVAG (Montes Claros). Autora de “Criação e Adaptação de Jogos em T&D”, e coautora do “Manual Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento”, “Focalização de Jogos em T&D”, “Manual de Gestão de Pessoas e Equipes - Estratégias e Tendências”. Diretora de Educação Corporativa da Associação Paulista de Gestores de Pessoas (AAPSA), membro da Associação Mensa Brasil, da International Society for Board Games Studies e da Paul Harris Association.

Sejam muito bem-vindos, Júlio T. Braga e Pá Falcão, à nossa Comunidade!

 

UA Formação

Formação dos Coordenadores das UAs: como parte do processo formativo da Coordenação das UAs, a partir do artigo The Nicolescuian and Zurich Approaches to Transdisciplinarity de autoria de Sue L. T. McGregor, PhD Professora Emerita (MSVU) – disponível no link http://goo.gl/rHmZ2v –, foi tratada a questão de como a Transdisciplinaridade é abordada por alguns pesquisadores de diferentes países. Atenção especial foi dada a duas tendências atuais representadas pelo Centre de Études et Recherche Transdisciplinaire − CIRET de Paris, fundado por Basarab Nicolescu e pela Escola de Zurique, sendo Roland Scholz Klein um de seus representantes centrais.

Encontros TD: na Sala CETRANS, no dia 29 de agosto, teve lugar uma atividade nomeada «TD: o Símbolo & o Sagrado no Lúdico».

Na ocasião foi apresentado e jogado o jogo iniciático denominado «Jardim do Ganso», editado especialmente para o VII Encontro de Membros CETRANS 2015.

Além da atividade lúdica em si, foram explorados dois símbolos que nomeiam este jogo: o Jardim e o Ganso e, também, os símbolos presentes em várias casas que formam o percurso, tais como: a ponte, a pousada, os dados, o poço, o labirinto, a prisão, a morte.

 

UA Gestão

Nesta estação de inverno, além dos trâmites administrativos que cabem a uma gestão, tais como, pautas, atas, agendamento de reuniões, dentre outras ações administrativas cotidianas e a realização do VII Encontro de Membros de forma integrada com as demais coordenações de Unidades de Ação, a UA Gestão colocou em pauta a necessidade de novas ações em termos de cursos e oficinas, que abordem a transdisciplinaridade, voltados para o público que não é membro da Comunidade CETRANS, com a finalidade de dinamizar ações de referência em Formação ITD.

Junto a todas as UAs iniciou o delineamento de proposições para ações a curto, médio e longo prazo, respectivamente, 2016/2017/2018, quando, cada coordenação, inspirada no trabalho de Hélène Trocmè-Fabre, está pensando a lógica da Regulação, Adaptação e Evolução para cada assunto referente à sua respectiva UA a ser trabalhado nos próximos três anos.

Por fim, dentro do Calendário Sazonal CETRANS, a Assembleia Geral Anual de 2015 será realizada na Primavera, portanto, convidamos os membros a reservarem em suas agendas o dia 03 de Outubro, quando nos reuniremos para tratar destes e outros assuntos referentes à Comunidade CETRANS.


UA Publicação

DIONÍSIO. Pseudo – Areopagita. A Hierarquia Celeste. Tratado Clássico da Angeologia Cristã – Século VI. Este é o livro que acaba de ser publicado pela Editora Polar, SP. Nele, o autor além da elucidação das nove Hierarquias Angélicas apresenta magnificamente a sua definição dos três polos ou vias da teologia: a Teologia Afirmativa, a Teologia Negativa e a Teologia Simbólica, e aquela do centro e da meta destas três: a Teologia Mística. A Teologia Afirmativa é a via do pensamento na qual se afirma o que Deus é em seus atributos e nomes; a Teologia Negativa é a via na qual se nega tudo o que põe limite à natureza divina; e a Teologia Simbólica é aquela na qual se utilizam figuras, imagens ou símbolos, que são propostos apenas como representações dos mistérios divinos e da natureza divina. Segundo Dionísio, estas três vias do pensamento para se chegar ao conhecimento de Deus devem ser articuladas para permitir que se chegue à Teologia Mística, que é a experiência direta da União com Deus, para além de toda afirmação, de toda negação e de toda representação. Editora Polar: www.polareditorial.com.br

O Manual Prático - Mindfulness. Curiosidade e aceitação - de autoria do Dr. Javier García Campayo e do Dr. Marcelo Demarzo (este membro do CETRANS) foi lançado em junho pela Associação Palas Athena - Editora. Este livro é um manual completo da prática de Mindfulness que nos permite desenvolver a experiência de “atenção plena”, útil tanto para as pessoas que não possuem nenhum conhecimento prévio do tema, como para aquelas que meditam há anos. Mindfulness ou “atenção plena” é um estado mental que nos permite ancorar no momento presente, de modo totalmente consciente e com aceitação da experiência. Esse estado de consciência, descrito em várias culturas e tradições espirituais, associa-se a uma sensação de bem-estar e plenitude. Mindfulness também descreve a técnica que nos permite alcançar esse estado. É uma psicoterapia de terceira geração, sobre a qual existe uma importante evidência científica, que se fundamenta em práticas meditativas orientais adaptadas a um cenário secular e universal, sem qualquer orientação religiosa específica.

Vision Docente Con-Ciencia – Ano XIII – Nº 76. Ene – Feb. 2015, revista publicada pelo Centro de Estudios Arkos – Puerto Vallarta, México. Este número é uma edição especial e apresenta artigos que trazem noções de educação, complexidade e transdisciplinaridade em diferentes níveis de graduação e pós-graduação; investigação em educação superior; direitos humanos e importância do resgate oral de etnias do México incluindo a apresentação do livro Abrir los saberes a la complejidad de la vida – Nuevas practicas transdisciplinarias en la Universidad de autoria da Dra. Ana Cecilia Espinosa Martinez. A revista se encontra disponível, em formato digital, no ISSUU, no endereço http://goo.gl/IvtECp

 

 AGENDA DE ATIVIDADES 

Data Tema
26 de setembro das 9h às 12
Américo Sommerman
Transdisciplinaridade: Mito, Símbolo, Sagrado, Filosofia e Ciência
03 de outubro das 9h às 12h
Membros do CETRANS
Assembleia Geral do CETRANS
24 de outubro das 9h às 12h
Patrick Paul
Transdisciplinaridade: Interface do Símbolo e a Prática de Laboratório na Investigação Alquímica
06 de novembro das 19h às 22h
Mariana Thieriot-Loisel
O sentido que brilha no inverno: revisão poética de um percurso Acadêmico
28 de novembro das 9h às 12h
Amâncio Friaça
Transdisciplinaridade: O Símbolo e a Teoria da Luz em Ibn’arabi

 

 ESPÍRITO TRANSDISCIPLINAR 

Simbolismo nas Formas Geométricas 

A geometria estabelece padrões, formas e processos de produção de configurações que são encontradas no mundo do vivente. Dentre as várias formas geométricas cinco delas são de relevante significação simbólica. Nós nos referimos aqui aos Sólidos Platônicos, polígonos tridimensionais regulares, nos quais todos os lados apresentam formas idênticas. São eles: o Tetraedro, o Hexaedro, o Octaedro, o Dodecaedro e o Icosaedro.

Tetraedro é o primeiro sólido platônico. Ele representa o elemento Fogo e está ligado ao plexo solar, o centro do poder pessoal e da aceitação. Este centro cria um equilíbrio perfeito entre o físico e o espiritual. O tetraedro, formado por quatro triângulos, independentemente de como ele gira, sempre se assentará perfeitamente, e por isso ele representa estabilidade e mudança. Ele é formado por quatro lados e o planeta correspondente é Mercúrio.

Hexaedro é o segundo sólido platônico. Ele é associado ao elemento Terra e corresponde ao chacra basal. Este sólido se assenta firmemente e estabelece uma base sólida onde se encontra. Simbolicamente ele remete à energia de conexão profunda, de enraizamento. Ele é formado por seis quadrados e o planeta correspondente é Vênus.

Octaedro é o terceiro sólido platônico. Ele representa o elemento Ar e corresponde ao chacra do coração, o centro do amor, da compaixão e de nossa natureza espiritual. É através deste chacra que acessamos aspectos de cura e de nutrição anímica. A forma deste sólido simboliza também a reflexão, o ponto de repouso e de múltiplas forças de equilíbrio. Ele é formado por oito triângulos e o planeta correspondente é Marte.

Dodecaedro é o quarto sólido platônico. Ele representa o elemento Éter ou o Universo. Este sólido trabalha através dos três chacras superiores: o 6º – o Terceiro olho; o 7º – a Coroa e o 8º – a Coroa Superior e o que está acima dela. Ele é formado de doze pentágonos e o planeta correspondente é Júpiter.

Icosaedro é o quinto sólido platônico. Ele está associado ao elemento Água e corresponde ao Chacra Sacral. A água simboliza o movimento, o fluxo, a mudança. Ele permite a liberdade de expressão e a criatividade e é formado por vinte triângulos e o planeta correspondente é Saturno.


 

 

 

UA Comunicação – Vera Lucia Laporta
UA Comunidade – Heloisa Helena Steffen
UA Formação – Maria F. de Mello
UA Gestão – Dalva Alves
UA Publicação – Vitoria M. de Barros